Ana Guilherme Martins

por Ana Guilherme Martins

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Passamos a vida a tomar decisões, pequenas e grandes.

Que livro ler? Que roupa vestir? A que filme assistir? Em que carreira profissional apostar? Qual a cor de cabelo a usar? Quais dos caminhos tomar? Que oferta profissional aceitar? Que casa comprar?

Mas, ao contrário de outras áreas, a experiência não torna o processo mais fácil.

Pelo contrário! Quanto mais decisões, mais complexo é! Porquê? Talvez este peso se deva ao facto de querermos fazer sempre tudo de forma perfeita. Parece que cada escolha é uma nova tentativa de nos validarmos a nós mesmos.

A bem dizer, as nossas escolhas são decididas com base no que nos faz sentido no exato momento em que as tomamos, segundo o treino da nossa consciência.

Isto porque estamos em aprendizagem contínua, em descobertas sucessivas, em mudança constante que nos levam a diferentes perspetivas do mesmo assunto, em momentos distintos.

A verdade é que temos a certeza de muito pouca coisa.

Ainda que tentemos antecipar por analisar à luz dos nossos princípios e da nossa razão, contas feitas, não temos a certeza absoluta de nada.

Em contrapartida, também não vamos deixar de dar passos por medo.

Por isso, só nos resta continuar a fazer escolhas com base no que acreditamos ser o melhor para nós e concentrarmo-nos em executá-las e vivê-las plenamente, sempre com uma pitada de flexibilidade e doçura para connosco, caso essas escolhas deixem de fazer sentido.

O que achas?

About the Author: Ana Guilherme Martins
Ana Guilherme Martins
Cresceu entre Portugal e França. Quanto mais lê, mais vontade tem de escrever. Vê-la feliz sempre foi tarefa simples: bastava um papel e uma caneta. Frequentou o curso de Línguas e Literaturas Modernas, mas foi na produção técnica televisiva que trabalhou quase toda a vida. Com a ternura dos 40, uma reflexão profunda levou-a a mudar de rumo e a seguir a sua paixão. Hoje é professora de línguas e autora de «Julieta, a Borboleta de Jaqueta» e «Um dia vais perceber».

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